terça-feira, 3 de novembro de 2015

A vida social pós-minimalismo

Estar com outras pessoas me desestressa; seja quando recebo amigos em casa, seja quando os encontro num barzinho. Pra mim, casa boa é casa cheia. Quando casei, fiz a lista de presentes com essa perspectiva. Champanheira, taças de todos os tamanhos, copo pra isso, copo pra aquilo, baixelas de servir não poderiam ficar de fora. E não ficaram.

Os excessos, porém, começaram a saltar aos meus recém-minimalistas olhos. O  destralhe começou timidamente, uma vez que a maioria das coisas tinha valor sentimental. Por um lado, sentíamos gratidão por aqueles presentes, que nos foram dados com tanto carinho. Por outro, a maioria jazia nos armários, sem uso e ocupando espaço, enquanto poderia ser útil a outras pessoas.

Ganhei confiança e me desfiz de cerca de 70% dos objetos. Alguns não foram usados sequer uma vez em três anos (a champanheira, por exemplo)! Nossa cozinha minimalista ainda ganhará um post mais detalhado pra chamar de seu, mas, por enquanto, registro que, de vinte e quatro taças, ficaram sete (eram oito; uma quebrou). Uma amiga chegou a comentar que não sabia como recebíamos tão bem, com tão poucas louças e utensílios.     

Para socializar, precisa-se de gente, não de coisas. Não tem taça pra todo mundo? pede emprestado. Falta talher? corta o filé em isca e serve com palitinhos. No final da ressaca, digo da festa, as coisas são arrumadas facilmente no espaço que agora tem de sobra. É hora de planejar a próxima.

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